Estrutura Residencial para Pessoas Idosas
Contribuir para a preservação e o desenvolvimento das relações familiares
A impossibilidade da família atender às necessidades dos seus idosos, seja por que motivos for, como a falta de condições socio económicas, não permitindo manter o idoso no lar junto com a família, quer por exigências e incompatibilidades das sociedades actuais no que se refere à organização laboral e da família, quer ainda pela falta de políticas públicas, que tenham como objetivo apoiar os idosos e os seus familiares no cumprimento do seu papel, leva a que o cuidado aos idosos seja feito por instituições.
Não há dúvidas que a permanência do idoso no seu meio familiar e social, bem como o apoio prestado pelos familiares, constitui o cenário ideal para um envelhecimento equilibrado, no entanto apesar do inegável lugar privilegiado que constitui o sistema familiar, este tipo de apoio sofre grandes limitações, tornando-se desta forma necessário o recurso a apoios formais, como são o caso das instituições.
Estas instituições apresentam-se como alternativas que pretendem complementar e não substituir a família: é o caso dos lares de idosos. Aqui, os cuidados são prestados por profissionais, devendo ter sempre em atenção a individualidade e as necessidades dos idosos. A resposta social de Lar de Idosos é uma resposta desenvolvida em alojamento coletivo de utilização temporária ou permanente para idosos em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia.
Criação e evolução do hospital da misericórdia
- Acolher pessoas idosas cujos problemas de saúde e problemas sociais não sejam passíveis de melhorar com outro tipo de resposta social;
- Responder de forma adequada ás necessidades manifestadas pelos utentes deste equipamento;
- Proporcionar serviços de forma a que o processo de envelhecimento decorra com o mínimo de degradação possível;
- Contribuir para a preservação e o desenvolvimento das relações familiares.
A organização das instituições deve desenvolver medidas que visem a melhoria da qualidade de vida dos idosos, a promoção da sua autonomia e a manutenção da sua capacidade funcional. Como tal torna-se fundamental a existência de uma equipa multidisciplinar, devendo esta encarar o idoso, não como simples objecto da ação, mas como protagonista do seu projecto de vida.